Luz de Setembro
Joana Vasconcelos «A Ilha dos Amores», 2006
Luz de Setembro
A luz de Setembro já não besoura
aloura os corpos
mergulham no oceano
espalhando gotas de metal
Vozes chegam no arrastar das ondas
o amarelo ensopa-se de azul
Mergulhemos sem pressa
marcando álacres os passos
o mar apaga
marca as passadas apaga
O sol é pouco
morre vermelho sobre os dedos
das amendoeiras
Sustém a cabeça nas ondas
bebe a luz e os corpos
(António Borges Coelho)
Etiquetas: António Borges Coelho (1928-), Joana Vasconcelos (1971-) escultora portuguesa
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