LIBERDADE
(tempera on gessoed panel)
- The Museum of Modern Art, MoMa , NY -
*
LIBERDADE
Contigo,
Rebolo na erva dos prados,
Abraçando o sol ao meio dia.
Não importa a língua que falo,
Ou se a noite já baixou.
Canto árias,
Danço tangos e boleros
Pela terra acabada de lavrar.
Enfio-me nas florestas,
E brinco às escondidas com o lobo mau.
Contigo,
Como amoras silvestres,
E sujo a boca no sumo das laranjas.
Monto cavalos de espuma.
Cubro-me de lama
E banho-me em ribeiros cristalinos.
Ando descalça pelos campos de searas,
E peço à chuva que me molhe,
E às estrelas que mudem de lugar.
Contigo,
Galgo montanhas
E sei de cor o nome das nuvens.
Atravesso tempestades e vendavais
E adormeço numa cama de musgo.
Deito-me nua ao luar,
E gozo o frio das geadas.
Contigo,
Acendo fogueiras no deserto,
E toco uma balada para o vento.
Contigo,
Sou um pássaro com asas a crescer.
(Helena Figueiredo) *
in «Ao sabor da pele», 2009
Etiquetas: Andrew Wyeth (1917-2009) pintor norte-amnericano, Helena Figueiredo (1959) Carregal do Sal
6 Comentários:
Olá! Parabéns pelo blog, é muito bonito. Estou acompanhando, pode ser? Obrigada :*
Desde mis BLOGS:
--- HORAS ROTAS ---
y
--- AULA DE PAZ ----
quiero presentarme
en esta nueva apertura
del eminente otoño.
Tiempo que aprovecho
ahora para desear
un feliz reingreso en
la actividad diaria.
Así como INVITAROS
a mis BLOGS:
--- HORAS ROTAS ---
y
--- AULA DE PAZ ----
con el deseo de que
estos sean del agrado
personal.
Momentos para compartir
con un fuerte abrazo de
emociones, imaginación y
paz. Abiertos a la comunicación
siempre.
afectuosamente :
DA POETICA
jose
ramon…
adorei teu blog! que beleza e que coleção de poemas! muito feliz de ter encontrado uma certa noite de domingo...
Linda colecção de poemas.
Voltarei.
Se eu pudesse compreender
a fórmula que investaste
dos dias que me ensinaste
como um mestre
desperta o aprendiz!
A mesma soma
traria eu
nos meus números e botões
como se faz para aprender
abecedários e tabuadas.
e demais mistérios que desconheço
como fazer, para entender…
E se eu de facto for capaz
então serei o mesmo pai
que tu és para o teu filho
e farei do meu próprio filho
o filho que fizeste de mim.
Acho muito bom este poema, cara amiga Fernanda. Vou continuar ler.
Paz e Bem
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