domingo, maio 31

LINHA DE RUMO


Ernesto Ferreira Condeixa
«Figuras junto às rochas a observar o mar», 1903
(óleo sobre tela)
- Colecção Particular -

*
LINHA DE RUMO

Quem não me deu Amor,
não me deu nada.
Encontro-me parado. . .
Olho em redor e vejo inacabado
O meu mundo melhor.
*
Tanto tempo perdido . . .
Com que saudade o lembro e o bendigo:
Campos de flores
E silvas . . .
*
Fonte da vida fui. Medito. Ordeno.
Penso o futuro a haver.
E sigo deslumbrado o pensamento
Que se descobre.
*
Quem não me deu Amor, não me deu nada.
Desterrado,
Desterrado prossigo.
E sonho-me sem Pátria e sem Amigos,
Adrede.

(Ruy Cinatti) *
*
in «O Livro do Nómada Meu Amigo», 1958

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1 Comentários:

Blogger ARANOI disse...

PARABENS SEU POR E DE EXTREMO BOM GOSTO... AMEI PARABENS!!

5 de setembro de 2009 às 20:18  

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